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Como memorizar os estudos?
Como memorizar os estudos? Responda essa e outras dúvidas, além de aprender as melhores técnicas para memorizar o conteúdo de seus estudos.
Neste artigo você irá aprender:
- O funcionamento do cérebro e como utilizá-lo da maneira correta.
- O que é memorizar?
- Quais são as melhores técnicas de memorização?
- Aplicação e execução.
- Mapas Mentais.
- Técnicas Mnemônicas.
- Transmissão do Conhecimento.
Pois bem:
Aprendendo a controlar o cérebro
Em primeiro lugar, é preciso compreender que o cérebro é uma “máquina” muito mais potente do que um computador, com alta capacidade de memória, associação e retenção de informações.
O grande problema é que muitos de nós não sabemos aproveitar toda essa capacidade, não por nossa culpa.
Isso ocorre porque o sistema tradicional de ensino nos leva a acreditar que é preciso decorar uma infinidade de informações para ter sucesso em provas, sem que tais informações tenham alguma utilidade prática para nós.
O resultado disso é que, muitas vezes, decoramos o conteúdo e, logo após a prova ou concurso, esquecemos tudo.
Por isso, muitos concurseiros se queixam de ter que começar do zero ao estudar para um novo concurso.
O que precisamos entender é que o cérebro só guarda informações úteis na memória de longo prazo, as demais informações, que não são consideradas relevantes, ficam armazenadas por muito pouco tempo na memória de curto prazo.
Assim, as informações “desapareceram” depois da prova porque, uma vez utilizadas, elas não mais servirão.
Isso quando você condiciona o seu cérebro desta maneira!
Entretanto, quanto mais importância você dá ao conteúdo, maiores são as chances de retenção do mesmo.
Dessa forma, é possível “programar” o cérebro para que ele guarde as informações que você deseja, e isso pode ser feito com as técnicas de memorização expostas a seguir.
Lembre-se: o problema não é a falta de espaço em seu cérebro, mas a falta de capacidade de “manuseá-lo” corretamente.
O que é memorizar?
Afinal de contas, o que é memorizar? Memorizar é decorar?
Bom, diferentemente de decorar, a memorização consiste em um PROCESSO de assimilação, retenção e transmissão de conteúdo.
Assim, pode-se perceber que é algo muito mais complexo do que a mera “decoreba”, visto que é preciso passar por diversas etapas até a efetiva memorização.
É preciso passar as informações da memória de curto prazo para a de longo prazo através de um processo, controlado (ou não) por nós.
Assim, se você deseja memorizar o conteúdo estudado é preciso que você passe por um processo condicionado que te leve à retenção de todas as informações captadas e, mais do que isso, à capacidade de transmissão das mesmas.
Saiba que é preciso disciplina para isso. O processo de memorização é simples, desde que você esteja disposto a fazer o que for necessário para tanto.
Conhecendo as melhores técnicas de memorização
1. Aplicar e executar
Estava certo o escritor, cientista e filósofo alemão Johann Goethe ao dizer que “quando o interesse diminui, com a memória ocorre o mesmo.”
Daí é possível extrair a seguinte máxima: quanto maior o interesse, maior a chance de memorizar!
Isso porque, como já foi dito, o cérebro só guarda o que for útil e descarta tudo aquilo que não tiver aplicação prática.
Assim, mesmo que você não tenha interesse em saber aquilo que está sendo estudado, mostre ao seu cérebro que você precisa daquelas informações.
Nesse sentido, procure elaborar resumos do conteúdo estudado, bem como fazer o maior número possível de revisões, pois chegará um momento em que, dada a quantidade de revisões feitas, seu cérebro irá captar a mensagem e irá guardar o conteúdo na memória de longo prazo, de modo que você nunca mais esqueça.
Além disso, ainda que não haja a possibilidade de aplicação do conteúdo no cotidiano, aplique-o resolvendo questões, pois essa também é uma excelente maneira de mostrar ao seu cérebro a utilidade da informação.
Portanto, nada adianta ler, grifar e resumir, se não tornarmos úteis os conteúdos estudados. Esta é a chave para a memorização!
2. Mapas Mentais
Existem muitos estudos que confirmam a importância dos mapas mentais para a memorização, para todo tipo de pessoa, especialmente para quem tem memória fotográfica.
O fato é que os concurseiros se dividem nesse aspecto, pois alguns dizem que é muito trabalhoso e ocupa muito tempo, por isso não vale a pena fazer, enquanto outros acreditam em sua eficácia, ainda que ocupe mais o seu tempo.
Então, quem decidirá se os mapas mentais farão parte dos seus estudos é você, cada um tem uma opinião a respeito, então faça o teste e decida.
Mas o que é um mapa mental?
Um mapa mental é um esquema no qual existe uma ideia/tema principal relacionada às mais diversas características desta ideia/tema, como se vê abaixo:
Uma das inúmeras vantagens é que você “bate o olho” e se recorda de toda a matéria sem muito esforço, facilitando a sua revisão periódica.
Além disso, quando se usa cores e imagens, várias partes do cérebro são ativadas, contribuindo com o processo de memorização.
Assim, esta é uma excelente ferramenta de estudos, cabendo a você dizer se ela combina com o seu perfil ou não.
3. Técnicas Mnemônicas
O uso de técnicas mnemônicas tem se popularizado cada vez mais dada a sua eficiência na memorização.
Essa técnica consiste em associar frases, letras, gráficos, dentre outros recursos ao assunto que se quer memorizar.
Veja alguns exemplos:
Nomes dos Planetas: Meu Velho Tio Mandou Júnior Saborear Umas Nove Pizzas = Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.
Princípios da Administração Pública: L I M P E = Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
Princípios Constitucionais da República: So Ci Di Va Plu = Soberania, Cidadania, Dignidade da Pessoa Humana, Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa e Pluralismo Político.
Competência Privativa da União: C A P A C E T E da P M = Comercial, Agrário, Penal, Aeronáutico, Civil, Eleitoral, Trabalho, Espacial, Processual e Marítimo.
Enfim, você pode usar sua criatividade para inventar seus próprios mnmônicos ou procurá-los na Internet, pois já existem muitos deles.
4. Transmissão do conhecimento
Outra técnica de memorização altamente eficaz, mas ainda pouco utilizada é a transmissão do conhecimento adquirido às pessoas. Essa transmissão pode se dar de forma oral ou escrita.
Se você é capaz de transmitir o conteúdo estudado, significa que você já passou por todas as etapas do processo de memorização, desde a captação, passando pela assimilação e retenção, até a transmissão.
Então, não deixe de explicar o conteúdo para as pessoas ou para si mesmo.
Aliás, você pode gravar suas explicações para estudar em momentos em que, usualmente, isso não é possível (no ônibus, por exemplo).
Trata-se de um ótimo recurso para memorizar seus estudos, então use e abuse!
Concluindo…
A maioria das pessoas possui grande dificuldade de guardar o que estudou, seja pela complexidade do assunto ou pela vasta quantidade de conteúdos cobrados nos editais dos concursos.
Entretanto, existem várias técnicas que ajudam a contornar essa situação.
Agora você já sabe como memorizar os estudos para provas e concursos, não deixe de aplicar as técnicas aprendidas!
Bons estudos e até a próxima!
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